Os manifestantes tomaram a
palavra dos presidentes das comissões e voltaram a reivindicar a implantação de
um piso nacional para a categoria
Fonte: Terra
JOSÉ GUILHERME CAMARGO
Direto de Belo Horizonte
Direto de Belo Horizonte
Um grupo de professores da rede estadual de
educação invadiu e interrompeu reuniões e audiências públicas na Assembleia
Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, nesta quinta-feira. Os
manifestantes tomaram a palavra dos presidentes das comissões e voltaram a
reivindicar a implantação de um piso nacional para a categoria.
Segundo a assessoria de imprensa da ALMG, um grupo
de 15 manifestantes invadiu a reunião conjunta das Comissões de Segurança
Pública e de Administração Pública, onde motovigias e trabalhadores em ronda
noturna eram ouvidos. Eles interromperam a reunião e tomaram a palavra,
dirigindo ofensas ao deputado João Leite (PSDB), presidente da comissão.
Após discussão com os vigilantes noturnos, os
manifestantes disseram que não iriam permitir o andamento dos trabalhos na casa
legislativa enquanto não fossem atendidos. O mesmo grupo invadiu, também, a
reunião da Comissão de Direitos Humanos, que discutia a suposta violação do
processo legal na transferência de policiais. Ainda de acordo a assessoria,
ninguém foi detido.
Em greve há mais de 100 dias, os professores
realizaram na quarta-feira mais uma assembleia e decidiram pela manutenção da
greve no Estado. A medida desafia decisão do Tribunal de Justiça de Minas
Gerais (TJMG), que estabeleceu o retorno imediato dos professores para as salas
de aula sob pena de multas que variam de R$ 20 mil a R$ 50 mil por dia não
trabalhado. Uma nova assembleia foi marcada para a próxima terça-feira.
Cerca de 300 professores permaneciam acampados
nesta tarde em frente a ALMG e exigem o aumento do piso salarial. De acordo com
o sindicato da categoria, a instrução é para que a greve continue até que seja
cumprido pelo governo mineiro o piso salarial nacional de R$1.187, determinado
pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em nota, a Secretaria de Educação apresentou
instruções para que as escolas afetadas pela paralisação dos professores
organizem os seus calendários para cumprir os 200 dias letivos obrigatórios. De
acordo com a secretaria, serão utilizados todos os sábados a partir do próximo
dia 24 e também os meses de janeiro e fevereiro de 2012.
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