Depois de mais uma vez as negociações entre Estado e professores emperrarem nos valores da regência de classe, o governo prometeu estudar a possibilidade de voltar aos percentuais antigos
Fonte: Diário Catarinense (SC) e Jornal de Santa Catarina (SC)Depois de mais uma vez as negociações entre Estado e professores emperrarem nos valores da regência de classe – uma gratificação sobre o salário-base –, o governo prometeu estudar a possibilidade de voltar aos percentuais antigos, de forma parcelada, ainda neste ano.
A posição inicial era de que a gratificação só seria recomposta em janeiro de 2012, o que desagradou aos representantes do Sindicato dos Trabalhadores emEducação (Sinte), durante reunião que ocorreu na Secretaria da Educação, em Florianópolis.
A regência de classe era de 40% para professores de 1o a 5o ano do ensino fundamental e passou para 25% do salário-base. Para docentes do ensino médio e de 6o a 9o ano do fundamental, que ganhavam 25%, ficaram com 17%.
Apesar de ter aceitado analisar o parcelamento da recomposição desses valores, ainda para este ano, o secretário adjunto, Eduardo Deschamps, não sabe se isso é possível e nem quando dará um retorno. A expectativa é de que na segunda-feira já se tenha uma resposta.
– Não tenho como adiantar essas duas coisas. Isso precisa ser estudado. Aceitamos analisar porque a posição do governo é de manter o diálogo – observa Deschamps.
Com a última proposta apresentada pelo governo, serão gastos R$ 22 milhões a mais por mês. Isto daria, por ano, cerca de R$ 300 milhões. Com o compromisso de retornar aos valores antigos da regência de classe em 2012, o governo gastará R$ 200 milhões anuais a mais.
– Para 2012, serão gastos a mais R$ 500 milhões. Isso foi um comprometimento do governador (Raimundo Colombo), que já pediu para que no orçamento de 2012 estas despesas estejam incluídas – explica Deschamps.
Outro ponto é a recomposição da tabela salarial, que foi alterada. O governo, novamente, não apresentou prazos para fazer isso. De acordo com Deschamps, isso levaria tempo e precisaria de um grupo de trabalho. Foi sugerido que a primeira reunião desta comissão seja no dia 6.
Deschamps não sabe ainda se haverá mudanças no texto da medida provisória, que tramita na Assembleia Legislativa e será substituída por um projeto de lei complementar, a pedido dos deputados.
– Vamos aguardar o posicionamento do governo para enviar a proposta para a categoria votar – disse a coordenadora do Sinte, Alvete Bedin.
JÚLIA ANTUNES LORENÇO
julia.antunes@diario.com.br
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