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quinta-feira, 16 de junho de 2011

SEM DESCONTO SE A GREVE TERMINAR


O governador Raimundo Colombo prometeu não descontar os dias parados dos professores em greve, desde que eles voltem às aulas até esta sexta-feira

Fonte: Diário Catarinense (SC) e Jornal de Santa Catarina (SC)

O governador Raimundo Colombo prometeu, ontem, não descontar os dias parados dosprofessores em greve, desde que eles voltem às aulas até esta sexta-feira. Por isso, a folha, que deveria ser rodada hoje, será gerada amanhã.

Ontem, o governo entregou um documento ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) comunicando as medidas que serão tomadas. A posição será analisada em assembleias regionais, adiadas para hoje, em todo o Estado.

Essa é a última tentativa do governo para pôr fim à paralisação, que completa hoje 30 dias. Caso os professores aceitem, as faltas só serão descontadas se não houver a reposição das aulas.

A decisão foi tomada depois de um encontro na Assembleia Legislativa entre representantes do Sinte, o secretário-adjunto da Educação, Eduardo Deschamps, o líder do governo, Elizeu Mattos, e deputados da oposição. Na reunião, o desconto das faltas deste ano foi bastante criticado pela categoria.

– Nunca vi tantos avanços numa negociação. Há um limite. Nós estamos tentando ajudar, mas se não houver acordo, roda a folha com desconto – ressaltou Mattos, que mediou o encontro entre Sinte e governo.

No documento entregue ontem, o governo mantém a decisão de alterar os salários dos docentes de acordo com a proposta apresentada em 6 de junho. Nela, o menor salário-base fica sendo o piso nacional do magistério, R$ 1.187, e os valores da regência de classe – uma gratificação sobre o salário – são reduzidos.

O texto com a mudança será enviado à Assembleia na próxima semana, na forma de projeto de lei complementar. Será pedida urgência na votação, para que os novos salários sejam rodados em folha suplementar.

O governo voltou atrás da decisão tomada na terça-feira e comprometeu-se a rever o decreto que impedia a progressão funcional em caso de falta injustificada, e a encaminhar um projeto de lei para abonar as faltas da greve de 2008.

A coordenadora estadual do Sinte, Alvete Bedin, disse que a decisão de encerrar a greve precisa sair de uma assembleia estadual e adiantou que seria muito difícil marcar uma até amanhã, por causa do deslocamento dos educadores.

Dia marcado por protestos no interior
No interior, o dia foi marcado por manifestações. Em Criciúma, os docentes encontraram-se na Escola Sebastião Toledo dos Santos, o Colegião.

Depois, fizeram um ato em frente à Gerência Regional de Educação (Gerei), onde exibiram folhas de pagamento como forma de protesto. Em Joinville, cem professores protestaram na praça da Bandeira. E marcaram para hoje uma assembleia regional para votar a proposta do governo.

JÚLIA ANTUNES LORENÇO
julia.antunes@diario.com.br

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