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segunda-feira, 6 de junho de 2011

GOVERNO SUSPENDE NEGOCIAÇÃO E SINDICATO MANTÉM GREVE

Aulas ficam suspensas até que haja a eleição do Sinsepeap no final do mês; governo promete cortar ponto e salário de servidor que não retornar para a sala de aula
Fonte: Diário do Amapá (AP)
Depois de inúmeras e fracassadas tentativas de acordo durante mesa de negociação, o governo do Estado virou a mesa e anunciou oficialmente ontem (3) através da secretária de Estado da Educação, Mirian Alves Corrêa, que toda e qualquer tentativa de acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap) está suspensa até que haja a eleição para a nova presidência do sindicato.

Segundo Mirian Corrêa, a medida é válida desde anteontem quando o governo apresentou uma proposta para a classe que foi rejeitada pelos sindicalistas. Dois dos pontos de discórdia entre o executivo e o sindicato é quanto a supressão do artigo 3º da Lei 1540 que no entendimento dos professores, fere os direitos da categoria. O segundo ponto é quanto ao pagamento do piso salarial que nacionalmente passou a ser de R$ 1.187,00.

Diante das divergências que não foram sanadas, o governo suspende a negociação até a realização do pleito eleitoral para escolha da nova diretoria, e, o sindicato, por sua vez, mantém a greve geral que afeta mais de 90 mil estudantes em todo o Estado.

Como medida para tentar garantir a continuidade das aulas, o governo deveria oficializar até o final da tarde de ontem um do-cumento determinando o corte do ponto e consequente corte na folha de pagamento dos servidores que não voltassem aos postos de trabalho.

O presidente do Sinsepeap, Ruivaldo Coutinho, declarou que o arrocho do governo é a prova de que durante todo esse tempo não houve negociação e sim, imposição por parte do executivo.

"Não podemos pagar por essa crise econômica que o governo fala desde a transição. Temos nossos direitos adquiridos e queremos simplesmente que eles nos sejam assegurados. Não vamos ceder a essa pressão ilegal do governo. Queremos retornar aos postos de trabalho, sim, mas depois de assegurados nossos direitos" relatou o presidente.

O governo, em proposta encaminhada ao sindicato, já havia declarado que haveria a instalação de uma comissão de acompanhamento sobre os trabalhos da SEED. Objetivo era saber onde estavam sendo aplicados os recursos e o que estava sendo feito para enxugar os gastos. O governo prometeu ainda suprimir o artigo 3º da Lei 1540 em 2012. "Nesse momento não temos como assumir o pagamento do piso salarial se não temos dinheiro previsto.

Porém, estamos trabalhando para enxugar os gastos e garantir o pagamento do piso além do passivo de R$ 15 milhões que não foram pagos anteriormente e que são relativos as promoções e progressões funcionais" concluiu a secretária.

A eleição para a nova presidência do Sinsepeap deve ocorrer, segundo a comissão eleitoral, no dia 23 de junho (Corpus Chisti) ou no dia 26 de junho (domingo). Diante disso, presume-se que as aulas só devam retornar mesmo a partir do mês de agosto





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