16 de maio de 2011
Determinação do TJDF obriga sindicato a manter metade do efetivo;
representantes do sindicato e governo discutem propostas nesta segunda
Fonte: G1
O Sindicato dos
Auxiliares de Administração Escolar do DF (SAE/DF) pediu nesta segunda-feira
(16) que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal reconsidere a decisão que
determina que o mínimo de 50% dos funcionários continuem trabalhando.
Na semana passada,
o desembargador Jesuíno Rissato aceitou pedido feito pela Procuradoria Geral do
DF, que estipula que metade do efetivo deve manter suas atividades.
Rissato determinou ainda que os servidores não podem impedir o funcionamento das escolas, assim como não podem fazer atos ou manifestações que impeçam a entrada ou saída de pessoas das instituições de ensino da rede pública. Caso o sindicato não respeite a decisão, está prevista uma multa diária de R$ 15 mil.
Rissato determinou ainda que os servidores não podem impedir o funcionamento das escolas, assim como não podem fazer atos ou manifestações que impeçam a entrada ou saída de pessoas das instituições de ensino da rede pública. Caso o sindicato não respeite a decisão, está prevista uma multa diária de R$ 15 mil.
Cerca de 70% dos
auxiliares de administração escolar do DF aderiram à greve nesta segunda-feira
(16), afirma o sindicato. A paralisação começou na última segunda-feira (9).
A assessoria do SAE/DF alega que a categoria não é obrigada a respeitar o mínimo de 50%. “Nós não somos considerados serviços essenciais, então, até 100% dos servidores podem parar”, justificou a assessora Rita do Carmo.
A assessoria do SAE/DF alega que a categoria não é obrigada a respeitar o mínimo de 50%. “Nós não somos considerados serviços essenciais, então, até 100% dos servidores podem parar”, justificou a assessora Rita do Carmo.
Um encontro entre
governo e representantes da categoria está marcado para o início da tarde desta
segunda-feira (16). Segundo o sindicato, a reunião abrirá as negociações entre
categoria e o GDF. Uma nova assembleia está marcada para esta quinta-feira
(19), quando será votada a continuação da greve.
A principal
reivindicação dos servidores da carreira de assistência à educação é um aumento
de 13,11% - percentual de reajuste concedido a professores da rede pública este
ano. Os auxiliares também pedem concurso público, plano de saúde, incorporação
da Gratificação de Apoio Técnico-Administrativo (GATA) e reajuste do
auxílio-alimentação.
Situação nas
escolas
Dos 14 auxiliares que trabalham no Centro de Ensino Fundamental 02 do Gama, 11 estão parados. Os serviços de portaria e limpeza são os mais prejudicados. Segundo do vice-diretor Marcos Haley Barbosa, o horário de aula foi reduzido por causa da sujeira. “Está tudo sujo. Semana passada, eu e o diretor lavamos os banheiros, que estavam terríveis”, afirma.
Dos 14 auxiliares que trabalham no Centro de Ensino Fundamental 02 do Gama, 11 estão parados. Os serviços de portaria e limpeza são os mais prejudicados. Segundo do vice-diretor Marcos Haley Barbosa, o horário de aula foi reduzido por causa da sujeira. “Está tudo sujo. Semana passada, eu e o diretor lavamos os banheiros, que estavam terríveis”, afirma.
Haley conta que a
escola, que tem 1.300 alunos, aguarda um posicionamento da Regional de Ensino
do Gama. “Estamos fazendo o possível para não ter prejuízo pedagógico. Vamos
ver até quando nós aguentamos. Mesmo reduzindo o horário está cada dia pior”,
diz.
O Centro de Ensino
Especial 01 de Ceilândia tem 400 alunos com necessidades especiais. Segundo a
diretora Maria Auxiliadora Coringa Duarte, nove auxiliares de limpeza aderiram
à greve. “Eu só tenho dois auxiliares trabalhando. É pouco para uma escola
especial com 30 salas. O professor até limpa a sala, mas não da para lavar o
banheiro”, relata.
Um monitor, que
auxilia os professores dentro da sala, também aderiu à greve. “Eu só tenho dois
monitores, que já é pouco. Como os alunos são especiais, os monitores fazem a
higienização deles, ajudam os professores”, conta a diretora.
A secretária da
Escola Classe 303 de Samambaia conta que as merendeiras aderiram à greve e os
alunos estão tendo que trazer seu lanche de casa. Na semana passada, os
auxiliares de limpeza também estavam parados e o horário precisou ser reduzido
durante três dias. “Os pais reclamaram da redução do horário, mas sobre o
lanche, eles estão sendo compreensivos”, diz Lucivani de Oliveira.
No Guará, a Escola
Classe 06 teve a limpeza afetada. Dez dos 13 auxiliares estão parados. A
merenda está sendo servida aos 460 alunos normalmente porque as funcionárias
são terceirizadas. A diretora Glória Andrade conta que defende o direito dos
auxiliares de realizar a greve.
“A limpeza não está como deveria ser, mas nós estamos respeitando o movimento. Já pedimos aos professores para manterem a sala limpa, mas não fazer a limpeza do que já está sujo, para não descaracterizar a greve deles”, diz a diretora.
“A limpeza não está como deveria ser, mas nós estamos respeitando o movimento. Já pedimos aos professores para manterem a sala limpa, mas não fazer a limpeza do que já está sujo, para não descaracterizar a greve deles”, diz a diretora.
Algumas escolas têm
parte do serviço terceirizado e por isso não estão sendo tão prejudicadas. No
Centro Educacional 07, por exemplo, o serviço de merenda, limpeza e portaria é
terceirizado. Apenas o administrativo foi prejudicado pela greve
Nenhum comentário:
Postar um comentário