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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

PROFESSORES TOMAM AS RUAS E A GREVE CONTINUA

24 de fevereiro de 2011

Os professores saíram em passeata do Karnak pela avenida Frei Serafim, Centro da cidade, ontem
Fonte: Diário do Povo (PI)
Professores e trabalhadores da Educação do Piauí realizaram uma manifestação na manhã de ontem, no palácio de Karnak, em protesto pela decisão do Governo do Estado de não receber a categoria para negociar as reivindicações da classe. A greve dos professores foi o primeiro ato de protesto contra o governo Wilson Martins.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí - SINTE, Odeni Silva, a Justiça não decidiu pela ilegalidade do movimento, apenas pediu para que a categoria reconsiderasse a decisão de paralisação, tendo em vista tratar-se de um serviço essencial à população.

Para a presidente do SINTE, no entanto, "ilegal é não pagar o reajuste da categoria de 2010, manter os vigias das Escolas em escala de 24 por 24 horas, infringindo a legislação e desrespeitar o plano de cargos e carreira da classe, entre outras irregularidades", rebateu a dirigente do SINTE-PI.

Quanto à posição do secretário de Educação, Átila Lira, em relação às negociações para resolver a questão da greve dos professores, segundo Odeni Silva, "o secretário não tem autonomia para resolver o problema dos professores", diz.

O movimento contou com a participação de centenas de professores, que se revezavam em discursos de protestos pela decisão do governador do Estado de não receber a categoria para negociar, o que resultou na continuidade da greve.

Sobre a ameaça do governo do Estado de cortar o ponto dos grevistas como represália ao movimento de paralisação, a direção do SINTE protestou: "Se preciso for, vamos vender o pa-trimônio do Sindicato para manter nossos colegas, mas a greve continua", declarou Odeni Silva.

Logo após a decisão de continuar a greve, os manifestantes fizeram uma passeata pela avenida Frei Serafim, oportunidade em que distribuíram um comunicado à população explicando as razões da greve. No manifesto, o SINTE-PI pede o apoio da população para a greve e conclama a sociedade a exigir uma Educação de qualidade.

Para a professora Josefina Ferreira, há 14 no Magistério, a greve é um instrumento legal. Na opinião da professora, a proposta do governo de manter apenas as disciplinas de Matemática e Português no ensino médio "é um absurdo para a qualidade da Educação", protesta.

"A Lei de Diretrizes da Educação - LDB garante que os alunos do ensino médiotenham na base não só as disciplinas de Português e Matemática, mas todas", acrescenta a professora. Na página da Secretaria de Educação na Internet, não há nenhuma alusão ao movimento dos professores.




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