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sábado, 19 de fevereiro de 2011

PROFESSORES FARÃO PARALISAÇÃO TERÇA E QUARTA


Categoria reivindica reajuste de 13,73% sobre o piso salarial dos efetivos no mês de janeiro, realização de concurso público para a área e pagamento das gratificações no mês de janeiro
Fonte: Jornal da Paraíba (PB)

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB) decidiu, ontem, em assembleia, realizar uma paralisação nas Escolas estaduais, nos dias 22 e 23 de março. A categoria reivindica reajuste de 13,73% sobre o piso salarial dos efetivos no mês de janeiro, realização de concurso público para a área, pagamento das gratificações no mês de janeiro. Durante a assembleia, os trabalhadores também decidiram um indicativo de greve para o dia 25 de março, caso as negociações não avancem.

A paralisação, inicialmente, estava para ser deflagrada nos dias 24 e 25 deste mês, mas a direção do Sintep recuou diante do calendário do ‘Folia de Rua’, o Carnaval fora de época de João Pessoa, que começa na próxima sexta-feira. “A paralisação perderia força na mídia voltada para a festa”, declarou o diretor de Comunicação do Sintep-PB, Edvaldo Faustino da Costa, que cobrou também a nomeação de professores de sociologia e filosofia do último concurso para o ensino médio. “Há muitas Escolas sem as disciplinas que é uma lei nacional”, revelou.

Durante a assembleia que durou quase três horas, alguns professores que se revezavam nos discursos não ficaram presos às críticas aos problemas da Educação do Estado, mas mostraram insatisfação com a direção do Sintep-PB. Eles acusaram a atual diretoria de antecipar as eleições “às pressas e de forma viciada para se manter no poder. Temos outras prioridades na Educação, além de reeleição de Sindicato”, discursou a professora Eliene Silva.

Para o diretor de comunicação do Sintep-PB, Edvaldo Faustino, “essas pessoas que criticam o sindicato por estar 12 anos no poder fazem parte da oposição, mas mantêm cargo na atual direção”. Segundo ele, “o processo de convocação foi realizado de forma transparente e seguindo o trâmite legal. Fizemos a convocação em edital no jornal local para eleger a comissão eleitoral que vai organizar as eleições do sindicato em maio”, justificou.

O governo do Estado alerta que o diálogo com os professores da rede estadual está sendo mantido e todos os pontos reivindicados pela categoria já foram discutidos em reunião com representantes. Para o Secretário de Administração, Gilberto Carneiro, “a mobilização é precipitada, já que o atual governo assumiu há pouco tempo e enfrenta uma séria crise financeira. O governo começou há pouco mais de 45 dias e não tivemos tempo ainda de equilibrar as finanças, mas trabalhamos com uma projeção de dois trimestres, ou seja, seis meses”, afirmou Gilberto.

Sobre a reivindicação do concurso público, existe “atualmente um concurso público paraprofessores, em vigência, que vencerá em março, mas a perspectiva é que seja prorrogado por mais dois anos. A nomeação respeitará a capacidade e necessidade de cada unidade de ensino”. O secretário informa ainda que “os pró-tempore da Educação recadastrados foram pagos em uma folha extra. Aqueles que trabalharam e não receberam, são orientados a procurarem a Secretária de Educação para analisar o caso, já que o pagamento foi baseado no recadastramento”.

Na última terça-feira passada, 14, “o governo pagou cerca de onze mil prestadores de serviço em uma folha extra, referente ao mês de janeiro. O pagamento só foi efetuado após o recadastramento dos prestadores para evitar que “fantasmas” recebessem, já que foram encontrados cerca de dois mil prestadores irregulares, que recebiam sem trabalhar”.

Sobre vale-refeição, a Secretaria informou que “apesar do pagamento não ser obrigatório, segundo a legislação trabalhista, será feito um levantamento avaliando a renda, a função e a carga horária do servidor levando em consideração a capacidade orçamentária do Estado”.




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