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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

GREVE SEM SOLUÇÃO À VISTA

12 de agosto de 2010


A greve dos servidores municipais de Florianópolis entrou, ontem, no terceiro dia. Creches, postos de saúde e Escolas estão entre os serviços mais atingidos pela paralisação
Fonte: Diário Catarinense (SC)
MELISSA BULEGON

A greve dos servidores municipais de Florianópolis entrou, ontem, no terceiro dia. Creches, postos de saúde e Escolas estão entre os serviços mais atingidos pela paralisação. No Sul da Ilha, quem precisou recorrer a atendimento médico teve muitas dificuldades. A vigilante Vânia Aparecida dos Prazeres, 42 anos, esperou mais de três horas por uma consulta no Centro de Saúde do Rio Tavares:

– Tem apenas um médico atendendo hoje (ontem). Estou atrasada para o trabalho e ainda corro o risco de ser demitida por isso.

Quando o gráfico Rodrigo Oliveira, 33 anos, chegou ao posto, às 8h30min, havia 20 pessoas para serem atendidas. Tanto ele quanto Vânia relacionaram a demora à greve dos servidores municipais.

A greve afeta, também, a rotina de muitas pessoas que precisam deixar os filhos aos cidados de creches e núcleos de Educação infantil, como é o caso de Marina Filgueiras Nunes, 18 anos. O Núcleo de Educação Infantil Campeche, onde deixa o filho Guilherme, três anos, está em greve desde segunda-feira. A atendente de locadora tem contado com os cuidados de familiares:

– Cada dia um ajuda um pouquinho: mãe, avó, irmão. É triste porque eles fazem greve e a gente que trabalha não tem onde deixar o filho.

Quem também alega insatisfação com a greve são as coleas do 7º ano da Escola Brigadeiro Eduardo Gomes, no Campeche. Ontem, Eliana Thaís Sieg Macedo, 13 anos, e Maria da Graça Silva, 12, tiveram aula das 10h30min às 12h. O mesmo deve acontecer hoje.

Depois de uma nova assembleia, integrantes do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) se reuniram, no final da tarde de ontem, com o secretário da Administração, Constâncio Maciel. De acordo com a presidente Alciléa Medeiros Cardoso, a paralisação segue por tempo indeterminado e cerca de 70% dos servidores aderiram ao movimento.

A assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde de Florianópolis afirma que o setor está com 6,3% dos funcionários paralisados e nenhuma das unidades está fechada. A assessoria da Secretaria de Educação comunicou que, das 106 instituições de ensino, 23 estão de portas fechadas.

Entre as reivindicações estão a criação de um plano de cargos e salários e o pagamento de gratificação salarial para auxiliares de sala do ensino infantil e técnicos da área de saúde. Os trabalhadores reclamam da demora na liberação da licença-prêmio para os professores e da não inclusão da categoria na discussão do Estatuto do Magistério, em fase de criação




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