23 de julho de 2010
Com mais de 60 dias de greve, há o primeiro sinal de entendimento entre
o sindicato da Educação e as autoridades municipais
Fonte: O Estado do
Maranhão (MA)
Com mais de 60 dias
de greve e transtornos para pais, alunos e professores da rede municipal de
ensino de São Luís, há o primeiro sinal de entendimento entre o sindicato da
Educação(SindEducação) e as autoridades municipais. Em reunião realizada
quarta-feira, dia 21, os líderes do movimento dos professores apresentaram proposta
de aumento salarial de 15, 94%, bem abaixo do percentual de 28% exigido no
início da paralisação.
O grande obstáculo para a solução do impasse foi o longo tempo de silêncio da Prefeitura de São Luís. Esta demonstrou despreparo para dar fim à situação, que tentou resolver nos tribunais. A expectativa é que o conjunto de secretarias - entre elas a de Educação (Semed), Administração (Semad) e Planejamento (Seplan), além do procurador-geral do Município, Francisco Coelho Filho - leve a proposta ao prefeito e dê uma resposta definitiva no próximo dia 27.
O problema da Educação municipal é bem mais profundo e a simples solução da questão salarial não é o suficiente para mudar o quadro. O pacote de exigências da classe docente é composto de 15 itens, mas até agora a Prefeitura sinalizou o atendimento de apenas dois: o pagamento da jornada ampliada e a titulação. A atitude mostra que a atual gestão de São Luís despertou para a mesa de negociações diante da decisão da 1ª Vara da Infância e Juventude, de exigir a volta às aulas sob pena de multa diária no valor de R$ 20 mil.
O principal argumento, válido, dos professores para insistirem no movimento grevista é o volume substancial do repasse da verba do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para a Prefeitura de São Luís. Para 2010, um aumento na ordem de 103% e cuja aplicação não se verifica na estrutura física das Escolas, na melhoria do transporte Escolar, em investimento em material didático nem nos salário baixo dos profissionais.
Segundo a movimentação do Fundeb, R$ 160 milhões são destinados somente ao pagamento dos profissionais dos magistérios, e a Prefeitura ainda confirma que só 90% do volume serão destinados ao pagamento de pessoal. E os outros 10%, para onde vão?
Será um total absurdo e falta de sensibilidade se mais de 100 mil alunos não voltarem às salas de aula no dia 2 de agosto, data marcada para o início do segundo semestre letivo na rede municipal de ensino. Com um bimestre completamente perdido, gestores Escolares terão um grande desafio que é o de pensar todo o planejamento para compensar as aulas perdidas no primeiro semestre de o ano Escolar em curso.
É necessária uma mudança rápida na mentalidade dos gestores públicos para que o investimento no material humano na área da Educação seja uma prioridade. A expectativa agora é quanto a uma última rodada de negociações para o dia 27, quando, se espera, o problema seja solucionado. Se isso não acontecer, a sociedade deve exigir posicionamento decisivo dos responsáveis pela Educação municipal
O grande obstáculo para a solução do impasse foi o longo tempo de silêncio da Prefeitura de São Luís. Esta demonstrou despreparo para dar fim à situação, que tentou resolver nos tribunais. A expectativa é que o conjunto de secretarias - entre elas a de Educação (Semed), Administração (Semad) e Planejamento (Seplan), além do procurador-geral do Município, Francisco Coelho Filho - leve a proposta ao prefeito e dê uma resposta definitiva no próximo dia 27.
O problema da Educação municipal é bem mais profundo e a simples solução da questão salarial não é o suficiente para mudar o quadro. O pacote de exigências da classe docente é composto de 15 itens, mas até agora a Prefeitura sinalizou o atendimento de apenas dois: o pagamento da jornada ampliada e a titulação. A atitude mostra que a atual gestão de São Luís despertou para a mesa de negociações diante da decisão da 1ª Vara da Infância e Juventude, de exigir a volta às aulas sob pena de multa diária no valor de R$ 20 mil.
O principal argumento, válido, dos professores para insistirem no movimento grevista é o volume substancial do repasse da verba do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para a Prefeitura de São Luís. Para 2010, um aumento na ordem de 103% e cuja aplicação não se verifica na estrutura física das Escolas, na melhoria do transporte Escolar, em investimento em material didático nem nos salário baixo dos profissionais.
Segundo a movimentação do Fundeb, R$ 160 milhões são destinados somente ao pagamento dos profissionais dos magistérios, e a Prefeitura ainda confirma que só 90% do volume serão destinados ao pagamento de pessoal. E os outros 10%, para onde vão?
Será um total absurdo e falta de sensibilidade se mais de 100 mil alunos não voltarem às salas de aula no dia 2 de agosto, data marcada para o início do segundo semestre letivo na rede municipal de ensino. Com um bimestre completamente perdido, gestores Escolares terão um grande desafio que é o de pensar todo o planejamento para compensar as aulas perdidas no primeiro semestre de o ano Escolar em curso.
É necessária uma mudança rápida na mentalidade dos gestores públicos para que o investimento no material humano na área da Educação seja uma prioridade. A expectativa agora é quanto a uma última rodada de negociações para o dia 27, quando, se espera, o problema seja solucionado. Se isso não acontecer, a sociedade deve exigir posicionamento decisivo dos responsáveis pela Educação municipal
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