12 de maio de 2010
Professores da rede estadual de Educação decidiram ontem manter por
tempo indeterminado a greve da categoria, que já dura 34 dias, em posição que
contraria a segunda decisão da Justiça
Fonte: Estado de
Minas
Professores da rede estadual de Educação decidiram ontem manter por tempo indeterminado a greve da categoria, que já dura 34 dias, em posição que contraria a segunda decisão da Justiça. Ontem, os desembargadores Wander Marotta, André Leite Praça e Alvim Soares, da 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), negaram o pedido do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação em Minas Gerais (Sind-Ute-MG) pela reconsideração e revogação da liminar que declarou ilegal o movimento. Pela determinação judicial reiterada ontem, os grevistas tinham 48 horas para retomar as atividades, sob pena de multa de R$ 10 mil por dia de descumprimento. A próxima assembleia da categoria está marcada para terça-feira, às 14h, na Praça da Assembleia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ontem, na mesma praça, cerca de 3 mil professores, segundo a Polícia Militar, reuniram-se no início da tarde para decidir o futuro da greve. Depois de votar pela continuidade do movimento, os manifestantes seguiram para a Praça da Liberdade, passando pela Avenida Álvares Cabral e Rua da Bahia. O trânsito, que já estava tumultuado, ficou caótico no fim da tarde, quando os grevistas chegaram ao cartão-postal da capital. Como a PM só havia permitido a ocupação de um dos sentidos da via em frente ao Palácio da Liberdade (Savassi/Centro), os professores começaram a discutir com os policiais e se posicionaram em frente aos carros para impedir a passagem.
No início da noite, a polícia acabou permitindo a ocupação dos dois sentidos diante do palácio. Como a circulação de veículos ficou impedida por uma hora em um dos pontos mais movimentados de BH, engarrafamentos se formaram em várias regiões da cidade, atrapalhando a volta para casa de milhares de pessoas.
No fim da manifestação, a coordenadora do Sind-UTE-MG, Beatriz Cerqueira, anunciou aos manifestantes que representantes do governo receberão o comando de greve hoje, às 9h15, para negociação. Segundo o sindicato, 60% da rede estadual aderiu à greve. A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que não divulgará balanço sobre a paralisação. A principal reivindicação dos grevistas é a implementação do piso salarial de R$ 1.312. No fim da tarde de ontem, o governo do estado divulgou nota na qual sustenta que os valores defendidos pela categoria são incompatíveis com a realidade do estado e do país.
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