A justificativa dos
professores de paralisar as atividades hoje, por conta de reajuste salarial e
falta de condições nas Escolas, foi criticada por alunos do terceiro ano do
ensino médio
Fonte: Jornal do Dia (AP)
A justificativa dos professores de paralisar as atividades hoje, por conta de reajuste salarial e falta de condições nas Escolas, foi criticada por alunos do terceiro ano do ensino médio. Tudo porque o ensino prejudicado refletirá diretamente na hora de prestar o vestibular.
Essa já é a segunda manifestação realizada somente nos últimos trinta dias. Para tentar driblar o contratempo e a corrida por uma vagas nas universidades, muitos alunos tem procurado cursinhos pré-vestibulares ou até criem grupos de estudo para se preparar para o vestibular. "Nós entendemos que essa é uma reivindicação pela melhoria não somente dos salários dos professores, mas também das condições de ensino. No entanto, os alunos acabam sendo prejudicados porque vestibular é corrida contra o tempo", comentou o estudante Álvaro Silva, de 18 anos.
Para aproveitar o tempo e recuperar as matérias, muitos estudantes têm recorrido a uma prática comum na hora de estudar para o vestibular, que são os grupos de estudo. "Eu e uns amigos estudamos juntos utilizando apostilas de colégios particulares. Eu quero prestar engenharia florestal e vou começar a fazer cursinho à noite para não ficar tão atrás dos outros candidatos. O problema é que isso dificulta ainda mais a situação, porque minha família vai ter que apertar o orçamento para pagar o cursinho", afirmou Matheus Gonçalves, 19 anos.
Para ele, as paralisações prejudicam muito o ensino. "Mal começamos o ano e as aulas já estão prejudicadas. Estou preocupado, pois, além dos vestibulares, também temos o Exame Nacional do ensino médio (Enem) no final do ano", afirma.
A estudante Luana Santos, 16 anos, compartilha da mesma opinião que os colegas de classe e diz que está estudando em casa. "A gente acaba tendo que se virar sozinho e estudar por fora".
Reposição. Para o Sindicato dos Servidores da Educação (Sinsepeap), o objetivo não é prejudicar os alunos. Para os professores, as aulas serão todas repostas. "A greve foi o nosso último recurso para que nossas reivindicações pudessem ser ouvidas", afirmou um dos diretores.
Hoje, os professores fazem paralisação de advertência por conta da falta de negociação com o Estado. Segundo a direção do Sinsepeap, a classe tem tentado manter diálogo, mas até agora as negociações não avançaram. O governo, por sua vez, diz que está impossibilitado de ceder ao reajuste por conta da lei eleitoral.
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