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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

ESCOLAS FUNCIONAM, APESAR DA GREVE

12 de novembro de 2008



Mais de 45% das unidades de ensino de Olinda tiveram aulas normais ontem
Fonte: FOLHA DE PERNAMBUCO (PE)


A maioria dos professores de Olinda não aderiram à greve decretada em assembléia realizada pelo Sindicato dos professores do município. Ontem, primeiro dia de suspensão das atividades, 46% das Escolas tiveram aulas normais, 42% funcionaram de forma parcial e 12% estiveram paradas, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação. Hoje, às 11h, em frente ao Mercado Eufrásio Barbosa, os servidores vão decidir sobre a continuidade da paralisação. Eles reivindicam o benefício relativo à época de trabalho, que segundo o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), deveria ter sido implantado no mês passado. O município tem mais dois mil professores e cerca de 27 mil alunos.
"Existem Escolas que nunca imaginávamos que furariam a greve. Nos surpreendeu porque a categoria vinha pedindo para fazermos essa pressão, mas, de certa forma, já esperávamos, porque a Secretaria de Educação ameaçou descontar o dia em que os grevistas ficassem parados", afirmou a presidente do Sindicato dos professores da rede municipal de Olinda, Marineide Correia. A prefeitura, no entanto, rebateu as acusações e disse que não houve nenhuma reunião com os diretores dos estabelecimentos de ensino informando sobre o corte no salário.A professora Iraci Maria dos Santos dá aulas para o segundo ano do primeiro ciclo da Escola Maria da Glória, em Guadalupe. Ela usou o bom senso ao optar por não cessar os trabalhos. "Nesse momento, a paralisação atrapalharia bastante e prejudicaria os alunos, pois estamos fechando o ano letivo. Eu pretendo ir à assembléia amanhã (hoje), mas não vou fazer greve", detalhou.
A Escola municipal Santa Tereza, no bairro de mesmo nome, amanheceu sem alunos e professores, um verdadeiro deserto. Cerca de 400 alunos estão sendo prejudicados com a suspensão das aulas. "A greve tem que ser feita, mas é preciso pensar o período em que ela vai acontecer. O ano letivo acaba dia 29 de dezembro e a carga horária precisará ser reposta em janeiro. Por lei, os professores têm direito a férias, ou seja, a reposição teria que ser feita por estagiários", explicou a diretora do colégio, Maria do Carmo Viana Vasco.
Em nota à Imprensa, a Secretaria de Educação do município considerou a greve "inoportuna e intempestiva" e alegou que "a categoria, em Olinda, está na contramão da história". "Uma greve, nesse momento, não será compreendida pelos pais como um gesto para melhorar a qualidade da Educação. Apesar de tudo isso, a Secretaria de Educação assume, mais uma vez, o compromisso de cumprir os 200 dias letivos", encerrou o documento.
De acordo com o secretário da Fazenda e da Administração de Olinda, João Alberto Costa Faria, a reivindicação só poderá ser atendida nos primeiros meses de 2009, com a abertura da receita do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que, este ano, já ultrapassou o limite de 70% para a folha de pagamento. Questionado se não havia a suspeita de que o percentual fosse ultrapassado, ele explicou que o valor era apenas uma previsão e não tinha como ser apurado até aquele momento


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