14 de Abril de 2015
"Turno único é um recurso, mas é preciso ter uma proposta pedagógica bem definida que atraia o aluno", diz Ana Paula Monteiro, professora de políticas públicas e práticas de ensino da Uerj
Fonte: O Globo (RJ)
Para especialistas, a estratégia da prefeitura está no caminho certo. Ana Paula dos Santos Monteiro, Professora de Políticas Públicas e Práticas de Ensino da Uerj, defende que seja oferecido aos Alunos um projeto interdisciplinar. Ela não vê problemas em concentrar um grande número de unidades num mesmo local, como vai acontecer na Maré.
- Turno único é um recurso, mas é preciso ter uma proposta pedagógica bem definida que atraia o Aluno - diz Ana Paula.
Doutora em Educação pela PUC-Rio, Andrea Ramal observa que, entre as maiores economias do mundo, o Brasil é um dos poucos países que ainda não consolidaram o turno único em sua rede de Ensino fundamental. Ela diz que, em áreas de risco, a implantação de turno único também ajuda a afastar a criança das ruas e da exposição à violência ao mantê-las mais tempo na Escola.
- Mas não adianta apenas ter um Ensino de qualidade. A Escola tem que oferecer um projeto didático que a torne atraente para as crianças, oferecendo atividades complementares como a prática de esportes ou aulas de música, por exemplo - afirma Andrea.
Na opinião do diretor educacional da ONG Redes de Desenvolvimento da Maré, Edson Diniz, para o Projeto Escolas do Amanhã dar certo, a prefeitura e o estado devem se esforçar para ampliar outros serviços públicos no complexo de favelas:
- As pessoas precisam de qualidade de vida. Isso é o que manterá as crianças na Escola. Muitas ficam sem aulas devido à falta de segurança. As crianças mais pobres também precisam de apoio do poder público para que possam dedicar mais tempo à Escola. Assim, não abandonariam o colégio para trabalhar e levar dinheiro para casa, por exemplo.
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